Durante o século XVIII, após a Restauração da Independência e devido às descobertas realizadas no Brasil, a Casa Real Portuguesa retoma a prática da Falcoaria com grande entusiasmo e manda construir a Real Falcoaria de Salvaterra de Magos. Esta chegou mesmo a rivalizar com o que melhor se fazia nesta arte a nível europeu, sob a direção de mestres falcoeiros oriundos dos Países Baixos.
O apogeu da Cetraria europeia foi alcançado nos séculos XIV a XVII. A decadência vem a verificar-se, inicialmente, com o aperfeiçoamento das armas de fogo e posteriormente com as modificações sociais resultantes da Revolução Francesa. Contudo, não se chegou nunca ao aniquilamento total.
Ainda hoje os falcoeiros utilizam técnicas, nomenclatura e materiais que distinguem esta prática ancestral. O respeito pela ave de presa, pela presa e pela Natureza são fundamentos de cada falcoeiro. A beleza do lance de caça é o valor máximo da Falcoaria.
fotografia: Frederico II com seu Falcão de Caça no livro De arte venandi cum avibus (Sobre a arte de caçar com aves). Séc. XIII tardio.