Baixo-voo

No que diz respeito ao “Baixo-voo”, técnica de caça onde açores e os gaviões perseguem a presa diretamente a partir do punho do falcoeiro, conseguindo de uma forma rápida perfurar todos os obstáculos, mostrando aqui a sua agilidade, que lhes permite a caça tanto na planície como montanha, em terreno limpo ou com arvoredo. Aves com estas características caçam normalmente animais com pelo, como é o caso dos coelhos e das lebres.

 

Águia-real (Aquila chrysaetus)

Apesar da majestade e altivez do seu porte e da grandeza da sua envergadura, em razão dos seus poucos méritos e atrativos como ave de caça desportiva, quase não era empregada na cetraria da Europa medieval. Naquela época tinham as águias como lentas, pesadas, incapazes dos ágeis e perfurantes voos dos falcões e açores e, desse modo, impossibilitadas de fazer presa em peças que se furtassem em rápidos voos ou corridas. Foram e são ainda utilizadas principalmente na Ásia Central, na Rússia, entre tribos kirguises e os turcomanos, ao ponto de, com a colaboração de cães, caçarem lobos, raposas e antílopes-saiga. Na atualidade, os modernos cetreiros europeus tem-nas utilizado, com êxito, na caça às raposas, lebres e corços.


 

Búteo de Harris

Habita os terrenos desérticos do México e sul dos Estados Unidos. De tamanho e leque de predação semelhante ao do açor. A sua grande sociabilidade faz dela a ave mais popular entre os adeptos da cetraria atual, tendo granjeado adeptos que não poderiam abraçar esta arte com as espécies tradicionais.


 

Açor (Accipiter gentilis)

É a ave clássica da caça em “baixo-voo”. Os Açores caçam partindo em perseguição direta desde o punho enluvado do caçador, “à vista”, “a braço-tornado” ou “em mão-por-mão”. As suas perseguições são rápidas e impetuosas. Podem caçar em qualquer género de terreno, em planície como em montanha, em terreno limpo ou por entre arvoredos e matagais. Tanto caçam “pena” como “pêlo”. Devido à cor dos seus olhos, de íris doirada e muito brilhante, que com a idade pode chegar ao vermelho quase rubi, os antigos gregos denominavam esta ave por “asteria” – estrela, brilhante, luminoso – de cujo vocábulo procede o latino “astur” (astro?), o castelhano “astor” (antigo) e “azor” e o português “açor”. Gavião É uma miniatura de Açor. Caça animosamente de perdizes para baixo, sobretudo codornizes.


 

Gavião (Accipiter nisus)

É uma miniatura de Açor. Caça de perdizes para baixo, sobretudo codornizes. É uma ave sensivel, nervosa e em nada aconselhada a principiantes. Os machos pesam cerca de 150gr, as fêmeas cerca de 230grs.





 

Textos e imagens extraídos da Associação Portuguesa de Falcoaria

 

Município de Salvaterra de magos Património Cultural - DGPC República Portuguesa - Cultura Universidade de Évora Associação Portuguesa de Falcoaria
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